terça-feira, fevereiro 15, 2011

O Amapá na bandeira do Brasil

Sabemos que o pavilhão brasileiro busca em suas cores, formas e símbolos representar toda a riqueza e diversidade da nossa pátria. Mas quero falar das estrelas que aparecem no pavilhão nacional. (Provavelmente) todo brasileiro sabe que cada estrela daquela representa uma unidade da federação. Mas o que poucos sabem, é que aquelas estrelas – juntas – representam algumas constelações. São elas: Cruzeiro do Sul, Escorpião, Cão Maior, Cão Menor, Hidra Fêmea, Triângulo Austral e Oitante. Segundo o Parágrafo primeiro da lei 8.421 de 11 de maio de 1992, “As constelações que figuram na Bandeira Nacional correspondem ao aspecto do céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais) e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera celeste.” 

Enfim, como o título de post já antecipa, vou falar do “Amapá na Bandeira do Brasil”. Mais precisamente da constelação onde a estrela que representa o Amapá está localizada. Estou falando da constelação do Cão Maior, um dos cães de caça do gigante Órion na mitologia grega.
Observando a figura acima percebemos que o Amapá é representado pela Beta do Cão Maior. O termo “Beta” é uma referência à magnitude da estrela, pois em uma constelação as estrelas recebem nomes de letras em ordem alfabética grega de acordo com sua magnitude. A estrela mais brilhante de uma constelação se chama “Alfa+nome da constelação” a segunda mais brilhante se chama “Beta+nome da constelação”. Ou seja, a estrela que representa o Amapá é a segunda estrela mais brilhante na constelação do Cão Maior. Ela ainda é conhecida popularmente como Mirzam.




Mirzam ou Beta (β) do Cão Maior é a estrela em destaque na figura acima.

Na constelação do Cão Maior, encontra-se ainda, a estrela Sirius. A estrela que mais brilha no céu!
Outro objeto interessante de ser observado na Cão Maior é o Grande Aglomerado Aberto M41 (não visível na figura), que a olho nu, revela-se uma pequena mancha difusa, mas com o auxílio de um binóculo pode-se ver várias estrelas espalhadas numa área com o tamanho aproximado de uma Lua cheia.

Cássio Renato dos Santos, 24 anos
Coordenador do Planetário Móvel Maywaka do Museu Sacaca
Graduado em Física pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
crp_santos@hotmail.com e planetario@iepa.ap.gov.br